(*)
Tenho alguns amigos lisboetas, coitados.
Dei-me conta há anos que, por razões que desconheço, chamam nêsperas aos magnórios e ignoram a existência mesma do fruto da nespereira. O caso é ainda mais grave: constatei com desgosto que semelhante ignorância é extensiva a outras regiões não muito distantes da privilegiada onde vivo, e que a confusão nem sequer poupa a Wikipédia.
Ora aqui está ela, a nêspera, pronta a ser comida à colher. É hoje rara, o sabor não é grande coisa e é praticamente desconhecida. Tem todavia propriedades nada desprezíveis: dado o seu alto teor de não sei quê, é uma poderosa adjuvante das capacidades cognitivas, pelo que não é de excluir que a sua infrequência talvez seja uma pista para explicar algumas opiniões diferentes da minha, que vejo por aqui e ali em letra de forma.
Não peço agradecimentos: o que não faço eu pelos amigos?
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* Imagem daqui
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