A máxima “mantém os teus amigos perto e os inimigos ainda mais” no caso de Sócrates na televisão pública em horário nobre para debitar a sua “narrativa” salvífica da própria imagem e preparar um regresso (negado mas evidente) é um tremendo tiro no pé de um governo PSD já muito fragilizado. Como é possível que um governo que controla conteúdos e dirige de perto a televisão pública não tenha tido poder para evitar que a série de entrevistas passasse sequer da fase de concepção?
Dar tempo de antena a um perigoso narcisista sem quaisquer escrúpulos em arrastar toda uma nação na sua vaidade e fome de poder é um risco que Portugal não devia agora correr.
O estado de espírito de desesperança, desilusão e perda de perspectivas da população é suficientemente grave para permitir pensar que um qualquer salvador de pátria demagógico, pode assumir o papel sebastianista e vir a conseguir democraticamente o poder para depois fazer aquilo que apenas se pode imaginar.
Mais uma vez, o disparate acontece debaixo do guarda-chuva de Relvas. Não dá uma certa este senhor e tal como Sócrates, tem mostrado o grau zero do interesse nacional enquanto as mais altas (?) instâncias assistem impávidas.
Pobre Portugal, em que mãos de te encontras. Mas afinal, quem manda de facto?
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