O governo não é suportado por uma maioria parlamentar de esquerda, é suportado por uma lavandaria parlamentar de esquerda que o ajuda a esconder todas as trafulhices que faz, e as que fizeram os anteriores governos socialistas, e o assunto das promessas ao banqueiro Domingues, que toda a gente já está farta de perceber exactamente em que termos foram feitas, e por quem, e quem as conhecia, só será formalmente desvendado na próxima legislatura, quando a lavandaria voltar a ficar em minoria.
Nessa altura será bom que a nova maioria tenha aprendido a lição, e até o benchmark deixado pelos socialistas de aproveitar o acesso privilegiado que se tem aos dossiers quando se está no governo para fazer política partidária, mesmo sendo desnecessário e até desaconselhável recorrer ao bordel dos jornalistas do Público e de outros bordéis menos ilustres para lançar pós-verdades construídas a partir deles, se deixe de institucionalismos excessivos, e eu parto sempre do princípio que o institucionalismo é uma virtude associada à honestidade e a ser capaz de jogar pelas regras, mas para além da medida certa neutraliza por inacção as vantagens que podem advir dessa virtude, e investigue tudo o que há para investigar, e até às últimas consequências, incluindo as judiciais, sobre a CGD e não só, para nunca mais se ver de novo remetida a posições reactivas e defensivas sobre o modo como procurou resolver falcatruas sem solução possível cometidas pelos socialistas que a precederam, como os swaps ou a falência da CGD, e passar a identificar proactivamente os autores e responsáveis por elas e pelos prejuízos calculáveis, e por isso publicáveis, que causaram e causam.
Não por revanchismo contra estes bandalhos que ajavardam o parlamento, mas porque os portugueses merecem saber quem os arruinou, e como, e quando.
Blogs
Adeptos da Concorrência Imperfeita
Com jornalismo assim, quem precisa de censura?
DêDêTê (Desconfia dele também...)
Momentos económicos... e não só
O MacGuffin (aka Contra a Corrente)
Os Três Dês do Acordo Ortográfico
Leituras
Ambrose Evans-Pritchard (The Telegraph)
Rodrigo Gurgel (até 4 Fev. 2015)
Jornais