Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2017

E se o mercado da energia fosse mesmo liberalizado?

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O PEV, que tem dois deputados há quase trinta anos sem nunca ter tido um voto e representa os portugueses que votaram nele, gostava de planificar a economia portuguesa, de uma meneira geral, ou não fosse um franchise do PCP orientado para o mercado eleitoral sensível às questões ambientais que não se conseguia rever em Chernobyl, e mais especificamente a parte que tem a ver com questões ambientais, a sua razão de existir fora do PCP, impedindo a importação de energia nuclear, a mais barata disponível no mercado.

Levou a proposta de proibição ao parlamento, onde conseguiu os dois votos dos seus próprios deputados, o estou-me nas tintas dos deputados do BE, da sua holding, o PCP, e até do PAN, que também dedica a sua existência à protecção da natureza, e o nem penses! dos partidos burgueses clássicos, o PSD, o PS e o CDS, por ordem de dimensão dos respectivos grupos parlamentares. Infelizmente, os seus dois votos não foram suficientes para impôr a proibição, e a proposta foi chumbada.

Eu, pelo contrário, gostava que o mercado de energia fosse realmente liberalizado, ou seja, que cada cliente fosse livre de encomendar ao seu fornecedor a energia proveniente das fontes escolhidas por si próprio aos preços a que elas estivessem disponíveis para venda, tantos por cento de moinhos de vento a tanto e tantos por cento de barragens a tanto, para dar um exemplo, ou quero só carvão se faz favor, para dar outro, enfim, aquilo que cada consumidor quisesse consumir e estivesse ao alcance da sua bolsa e da sua vontade de gastar dinheiro, e não pelo PEV ou pelos partidos que vão debitando leis no parlamento ou governando.

E toda a gente teria a liberdade de ser completamente ecológica e optar por não gastar um único kWh de energia nuclear, sem estar sujeito às eventuais decisões em contrário de compra de energia pelas empresas distribuidoras. Ou até de os gastar todos, se fosse para o mais barato e não se assustasse ou até se preferisse o nuclear, nem que fosse para chatear os que gostam de escolher por eles e agora têm esse poder. Eu quase que aposto que, depois de conhecerem os preços, iriam mais por este caminho...

publicado por Manuel Vilarinho Pires às 20:31
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2 comentários:
De José Domingos a 17 de Fevereiro de 2017 às 22:06
O caso é que o zé pagante, já nem protesta, paga e pronto, os patrões do circo cá do burgo, já domesticaram os pagantes.
Qualquer problema que surja, eventualmente, atira-se com mais vinte cêntimos na reforma ou metem no estado mais dois ou três precários e assunto resolvido.
A malta quer lá saber de onde vem a electricidade que tem em casa, ou se deixa uma grande pegada no ambiente.
Os filhos ou os netos que resolvam o assunto.
De Ricardo Sebastião a 20 de Fevereiro de 2017 às 17:46
Na Suiça é isso mesmo que sucede: cada um opta pela fonte energética da sua escolha o que tem óbvio impacto a pagar ao final do mês; a energia nuclear é obviamente a mais barata de todas...

Mas isso são países fascistas que concedem liberdade de escolha aos seus cidadãos; em Portugal, esse farol do mundo livre, são uns poucos iluminados que decidem estas e muitas outras matérias com impacto no bolso de todos...

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