Só se lá vai de GPS.
O percurso que a máquina escolhe é labiríntico e saudosista: passa-se por uma Avenida da Filarmónica 1º de Maio, entra-se numa zona de inspiração arquitectónica cabo-verdiana, os moços encostados às esquinas parecem ter roubado os telemóveis.
É então que se chega à Praça do Poder Local. Estranhamente, não há vestígios de bandeiras vermelhas, talvez só nos dias de festa. Há, porém, um jardim com palmeiras muito altas, que fazem um rumorejar lá em cima - Lagos é muito perto de África.
O dono é, ao primeiro embate, antipático. Conhecendo-o melhor, percebe-se que sabe o que é comer bem, e confiando-lhe a escolha do vinho não só acerta como não mete a unha.
A lista é imensa e pode dar ataques de ansiedade tanto a cidadãos prevenidos que têm a mania que são gastrónomos como a vulgares glutões, por via das hesitações.
Nas mesas, demasiado juntas num espaço exíguo, alguns estrangeiros e famílias de, parece-me, turistas habitués.
É como eu: em estando por aqui, não dispenso a visita. E se aqueles senhores de barbas cuidadas e aspecto meio intelectual forem comunistas - que Deus os abençoe.
Blogs
Adeptos da Concorrência Imperfeita
Com jornalismo assim, quem precisa de censura?
DêDêTê (Desconfia dele também...)
Momentos económicos... e não só
O MacGuffin (aka Contra a Corrente)
Os Três Dês do Acordo Ortográfico
Leituras
Ambrose Evans-Pritchard (The Telegraph)
Rodrigo Gurgel (até 4 Fev. 2015)
Jornais