O Bispo da Guarda resolveu interferir nos assuntos terrenos para, ao melhor estilo de 75, e que tão bons resultados teve que ainda hoje está na génese de muitos dos nosso problemas proclamar: os ricos que paguem a crise.
Poderia explicar a idiotice da afirmação de muitas formas: poder-se-ia argumentar com base no economês; com base em princípios éticos que suponho não sejam desconhecidos do Senhor Bispo, tal como se poderia explicar que tal afirmação mais não significa, filosoficamente, que a instrumentalização do homem.
Mas, de todas as explicações possíveis, há uma que me parece mais impressiva, porque monetária, matemática mesmo: não temos ricos suficientes para pagar a crise.
Ou seja, mesmo que o caminho devesse ser o indicado pelo Senhor Bispo, falta-lhe uma premissa essencial: não temos ricos suficientes para pagar a crise.
Repare-se: Américo Amorim, segundo a Forbes, valerá 1,9 mil milhões de euros, mas Portugal em 2012, terá tido necessidades de financiamento (vulgo deficit) de cerca de 8,3 mil milhões.
O problema, em Portugal, não são os ricos que temos, são os ricos que não temos.
Blogs
Adeptos da Concorrência Imperfeita
Com jornalismo assim, quem precisa de censura?
DêDêTê (Desconfia dele também...)
Momentos económicos... e não só
O MacGuffin (aka Contra a Corrente)
Os Três Dês do Acordo Ortográfico
Leituras
Ambrose Evans-Pritchard (The Telegraph)
Rodrigo Gurgel (até 4 Fev. 2015)
Jornais