Não gosto de afirmações definitivas, mas, mesmo correndo o risco de me surpreender positivamente com mais algum filme, dava já hoje os óscares de melhor actriz e melhor actor a Cate Blanchett e a Michael Douglas.
Behind the candelabra é o segundo filme que vejo esta temporada. Soderberg dirige Douglas e Damon magistralmente, e Douglas brilha como Liberace brilhou em Vegas.
Impressionou-me ver como Soderberg, à semelhança de Stone em Wall St. com o dinheiro, retrata o sexo como exercício de poder, como afirmação do inner self. Curiosamente, Gordon Gekko esteve lá o tempo todo, na manipulação, na sedução, na implacabilidade.
Menos exploradas, embora presentes, são as enormes contradições entre a persona pública de Liberace e a sua vida privada em escolhida reclusão.
Também se secundariza a perseguição post mortem pelo procurador sedento do sangue infectado de Liberace, uma das histórias mais sórdidas do sistema americano.
Assumidamente entre o biopic e uma ficção moderada, um grande filme. Ide ver!
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