Comemora-se hoje mais um binteçinco dabril, passados que são 38 anos sobre o dia em que etc. etc.
Cumpre-me assinalar que não sei quê. O povo saiu à rua, os capitães fizerem umas coisas com as espingardas e enfiaram flores nos bigodes. Os chaimites cometeram muitas infracções, porque havia cidadonas penduradas por todo o lado. Depois foram ao Largo do Carmo e gritaram "pá".
Foi uma onda de esperança, toda uma população isto e aquilo, à Portela chegaram senadores.
Nunca mais, em toda a história desta pátria cuja aventura é uma comovente puézia, se juntaram tantas calças à boca de sino a subir e a descer os quartéis num grito de alegria colectiva.
Os soldados comeram sandes de mortandéla.
As crianças brilharam nos cabelos das raparigas. As árvens não morreram de pé, porque ficaram cheias de autocolantes encarnados com letras amarelas.
Nas casas dos eleitores, as televisões emitiram miras técnicas e cumenicádos de pessoas que antes disso eram analfabetas. Nas universidades, os estudantes puseram-se espertos e passaram de ano com muitas namoradas. E nunca mais tiveram que aturar as parvoíces dos preçôres.
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