Hoje, a seguir ao almoço, vi a Sic-N. É o que faço todos os dias para me induzir a sesta.
O PM foi a um sítio qualquer fazer não sei o quê, e tinha à espera a malta do costume, para a manifestação do costume, desta vez a secção dos professores. Estava bem enjorcada, a coisa: um cenário de praia em cima do cimento, com toldos, toalhas, bandeirolas, até um veraneante a tomar banhos de sol - tinha aspecto de professor de qualquer coisa e deu uma entrevista bem-disposta, alheio aos malefícios da exposição solar.
A estrela do happening, porém, era a consagrada artista Ana Avoila - de tanto ver as estrelas do sindicalismo na pantalha, há tanto tempo, já lhes conheço os nomes. Disse as coisas que as Avoilas, ou os Nogueiras, dizem, o jornalista jornalistou, lá vão cinco minutos a encher chouriços de graça.
De graça, não. Presumo que quem pagou as deslocações, e o almoço, e as bandeirolas da manifestação espontânea, foi o Sindicato - assunto dele e dos associados respectivos. Mas quem paga a Avoila, parece, sou eu. E essa parte é que me chateia, pá.
Chateia-me porque, lamentando que tanto bom professor se veja na rua porque o País está de tanga e não há tantos meninos como já houve para ensinar, lamento igualmente que ainda haja recursos para sustentar quem julga que protestar é uma profissão.
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