"Tenho algumas qualidades" para ser líder do PS.
Tem sim senhor. É o prócer do PS que mais fala de competividade e de "estratégias", o que para ele consiste em "apostas" - na Educação, nas Novas Tecnologias, nas "indústrias viradas para o futuro", no "reforço da cooperação europeia" e em qualquer outro chavão que pareça promissor, seja moderninho, progressistazinho e europeuzinho.
Foi deputado caseiro e em Estrasburgo, Ministro da Administração Interna, da Justiça e dos Assuntos Parlamentares, e é por agora Presidente da Câmara de Lisboa, em trânsito para outros voos.
Nestes lugares, e noutros, Costa granjeou prestígio e influência pela sua enorme habilidade táctica, a sua permanente bonomia e a sua palavra ponderada.
Acompanhou sempre Sócrates, a megalomania de Sócrates, o desparrame de despesa que pôs o País de joelhos, e todas as escolhas, recentes e antigas, que nos trouxeram ao estado em que estamos. É, neste sentido, um estadista.
Tem assento cativo na Quadratura do Círculo, onde consegue hebdomadariamente o prodígio de não renegar nenhuma das desgraças de que foi co-autor, ao mesmo tempo que pendura ao peito da nova Situação a responsabilidade pelas consequências.
Nunca fez um discurso memorável, ou uma lei avisada e original, assim como nunca pensou fora do mainstream europeísta do socialismo francês; e pode-se contar com ele para papaguear com fluência sobre a última moda de pensamento, desde que europeísta, estatista e banal.
Dará um óptimo Secretário-Geral do PS.
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