Este iate feíssimo podia ser feito pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo? Talvez - não estou por dentro dos arcanos da construção naval.
E podia estar atracado numa dessas marinas às moscas que vai havendo costa abaixo? Talvez: afinal esta parte do Atlântico não é menos convidativa que o Mar do Norte, dar um salto de avião até aqui não é mais moroso que até à chatíssima Holanda, e cá não comemos (ainda) o lixo de que se alimentam os grotescamente altos habitantes locais, segundo reporta esta fonte fidedigna.
Mas não: roubaram-nos in illo tempore o comércio no Índico; e hoje são muito nórdicos, muito social-democratas e progressistas, mas cuidam de que os ares por lá sejam apetecíveis para os ricos.
Deviam mazé inspirar-se no artº 104º da nossa Constituição, que reza, no seu nº 4, de forma lapidar: "A tributação do consumo visa adaptar a estrutura do consumo à evolução das necessidades do desenvolvimento económico e da justiça social, devendo onerar os consumos de luxo."
Alguns espíritos mais virados para a crítica à outrance acharão este artigo da Constituição um exemplo de estultícia.
Engano: o preceito legal, cujo respeito o Governo faz questão de acentuar para o próximo Orçamento, destina-se singelamente a reforçar a nossa competitividade em certas modalidades desportivas. Neste caso, os 1500 Metros Grilhetas e a Corrida de Sacos.
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