Eles fecham, despedem jornalistas, pagam mal a fornecedores, aos próprios jornalistas e articulistas, eliminam as edições em papel ... um novo jornal é, em princípio, uma boa notícia. E ainda por cima grátis para quem o quiser ler, uau.
Mas a publicidade é um pouco equívoca. É em papel ou não é em papel? Que com o iPad ainda não se embrulham castanhas nem se acende a lareira. E é para andar nas paredes, de mão em mão, e de boca em boca?! Ó chefe, nas paredes só se for para não sujar os lambris quando se refresca a pintura - isso é raro, o stock de jornais velhos chega perfeitamente. E de mão em mão, vírgula: que muitos de nós não querem papéis sebentos.
De boca em boca deve ser sentido figurado - está bem. Mas para isso quer-se notícias fresquinhas, opiniões inovadoras, e aspecto atraente. Ora, que diz o editorial? Diz isto:
A paz, o pão,
Habitação,
Saúde, educação.
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
Quando pertencer ao povo o que o povo produzir.
Acho, snif, que vai falir. Que jornal da Associação Portuguesa de Arqueólogos já há.
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Adeptos da Concorrência Imperfeita
Com jornalismo assim, quem precisa de censura?
DêDêTê (Desconfia dele também...)
Momentos económicos... e não só
O MacGuffin (aka Contra a Corrente)
Os Três Dês do Acordo Ortográfico
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