A própria composição do Tribunal Constitucional indica uma vontade expressa de que as suas decisões não sejam jurídicas, mas sim políticas.
Afinal, porque será o único Tribunal português constituido por elementos indicados pelos partidos? Porque não é um departamento (ou uma "secção", uma "divisão" ou um "órgão") do Supremo, totalmente formado por juízes "de carreira" (tão "independentes" como os outros), e subordinado ao Ministério da Justiça? O poder executivo não depende do Ministério da Administração Interna? Ou devemos capacitar-nos que o poder judicial, ou aquele que é suposto ser o seu núcleo mais basilar, deve ser exercido pelos partidos?
Não espero das instituições que tenham comportamentos contrários à sua orgânica. Nem é esperável. Magritte disse, com razão: a representação de um cachimbo não é um cachimbo.
Decidam-se as virgens que gritam em público as suas ofensas esperando que os sapateiros sejam, antes de mais, contratados para tocar rabecão.
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Imagem daqui.
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