Prepara-se uma situação que permita o controlo da evolução do contexto político favorável aos partidos dominantes em Itália, excluindo da decisão as forças refomistas internas ao Partido Democrático e do Movimento 5 Estrelas de Beppe Grillo. Eis a resposta que Bersani do Partido Democático e Berlusconi preparam:
O presidente da república italiana não é escolhido por voto directo popular. É indicado pelos partidos e votado pelas câmaras. Não obstante o défice de representação que poderíamos assumir, tem imenso poder no regime: deve assinar cada lei do governo, pode demitir o governo, pode nomear um governo de iniciativa presidencial (como fez com Monti) e tem um poder informal muito determinante na génerica balbúrdia que é a política italiana.
Como aos partidos do arco não interessa eleições antecipadas pois Grillo e Renzi estão no horizonte como potenciais vencedores, aqueles optam por nomear o seu presidente, um "gerador de consensos e garante da estabilidade" que permita no próximo futuro uma solução de estabilidade que interesse às cliques do PD e do partido de Berlusconi. O interesse dos eleitores? Fica para segundo plano. - Uma situação que não pode acabar bem.
A negociação já começou e os nomes começam a rolar: Massimo D'Alema, Romano Prodi, Emma Bonino e outros. Assim que houver desenvolvimentos volto aqui.
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