...pront@ a satisfazer qualquer desejo dos clientes por mais mirabolantes que sejam. Seja qual for a pergunta que lhe fazem dá sempre a resposta que melhor serve as necessidades da clientela.
António Araújo, por quem tenho o máximo respeito e nos oferece uns dos melhores blogs de Portugal, o Malomil, fez hoje um artigo no Público. Muitos de vós já o terão lido. Para os que não leram, o link fica aqui.
Mas, entre José Rodrigues dos Santos, Rui Tavares que respondeu no Facebook, e António Araújo, também gosto de ler o que diz Frederich August von Hayek, (1899-1992) que além de ser austríaco, ainda foi contemporâneo (testemunha) de Hitler na idade adulta:
Excertos de citações de outros autores mencionados por Hayek no livro Caminho da Servidão:
"Todas as forças antiliberais estão se unindo contra tudo que é liberal. - A. Moeller van den Bruck
A economia de guerra criada na Alemanha de 1914
é o primeiro passo na construção de uma sociedade socialista e seu espírito é a primeira manifestação ativa, e não apenas reivindicatória, de um espírito socialista. As necessidades da guerra firmaram a concepção socialista na vida econômica alemã, e assim a defesa da nossa nação criou para a humanidade a ideia de 1914, a ideia da organização alemã, a comunidade do povo (Volksgemeinschaft) nacional-socialista. . . . Sem que nos apercebêssemos disso, toda a nossa vida política, no estado e na economia, alçou-se a um plano superior. O estado e a vida econômica constituem uma nova unidade. O senso de responsabilidade econômica que caracteriza o trabalho do servidor público impregna toda a atividade privada. A nova constituição corporativa da vida econômica alemã, que o prof. Plenge admite não estar ainda madura nem completa, é a mais alta forma de vida do estado que já se conheceu na terra.
(...)
Do ponto de vista do socialismo, que consiste em organização, acaso o direito absoluto de autodeterminação dos povos não equivale ao direito de anarquia econômica individualista? Estaremos dispostos a conceder inteira autodeterminação ao indivíduo na vida econômica? O socialismo coerente só pode conceder ao povo o direito de incorporação de acordo com a distribuição real de forças historicamente determinadas.
(...)
A Alemanha quer organizar a Europa, que até hoje carece de organização. Vou explicar-lhes agora o grande segredo da Alemanha: nós, ou talvez a raça alemã, descobrimos a importância da organização. Enquanto os outros povos ainda vivem sob o regime do individualismo, nós já atingimos o regime da organização.
(...)
Os únicos que ainda se opõem a essas tendências são os liberais.
Essa classe de indivíduos, que inconscientemente raciocina segundo padrões ingleses, abrange toda a burguesia alemã de formação acadêmica. Seus conceitos políticos de "liberdade" e "direitos civis", de constitucionalismo e parlamentarismo, derivam da concepção individualista do mundo, de que o liberalismo inglês é uma encarnação clássica, e que foi adotada pelos representantes da burguesia alemã no período que vai de 1850 a 1880. Mas esses padrões são antiquados e decadentes, exatamente como o antiquado liberalismo inglês, destruído por esta guerra. O que cumpre fazer agora é eliminar essas ideias políticas que herdamos e contribuir para o desenvolvimento de uma nova concepção do estado e da sociedade. Também nessa esfera, o socialismo deve fazer uma oposição consciente e resoluta ao individualismo. A esse respeito, é surpreendente que, na chamada Alemanha "reacionária", as classes trabalhadoras tenham conseguido conquistar uma posição muito mais sólida e poderosa na vida do estado do que na Inglaterra ou na França.
(...)
De acordo com essa opinião, a luta contra a ordem capitalista é uma continuação da guerra contra a Entente, com as armas do espírito e da organização econômica; é o caminho que conduz ao socialismo na prática, a volta do povo alemão às suas melhores e mais nobres tradições."
E assim, uma nota adicional em como a História é mesmo um@ meretriz pronta a travestir-se em função dos nossos desejos: A fotografia que ilustra o post, apanhada na net, tem um erro e é manipulada. Não foi Hitler a dizer a frase, mas sim Gregor Strasser, um dos seus homens de confiança, que Hitler mandou assassinar na Noite das Facas Longas.