Suponho que o senhor embaixador sofrerá tratos de polé para conseguir dizer, diplomaticamente, que o reino da Dinamarca não tem que dar explicações ao Parlamento Português, muito menos em sede de comissão parlamentar, sobre decisões que toma no âmbito das suas competências e para aplicação no seu território. Essas explicações teria que as dar o governo dinamarquês ao parlamento dinamarquês, se a decisão, no caso, não fosse precisamente... do parlamento dinamarquês.
Ou poderia o senhor Embaixador ser informado pelo nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros da posição, se tiver alguma, do nosso Governo, caso em que decerto o diplomata e o país que representa tomariam boa nota e agradeceriam o cuidado.
Agora, o Partido Socialista, sob a esclarecida liderança de um tal Vitalino Canas, acha que o representante de um país estrangeiro deve ser convidado urgentemente a vir dar-lhe, e aos seus colegas, explicações sobre uma legislação que "não pode deixar de suscitar, desde já e inequivocamente, uma condenação”.
Sobre a legislação em apreço tenho uma opinião formada, e convoquei já o meu animal de companhia, de seu nome "Cacau", que me deve obediência, para o inteirar da minha indignação. E estava até disposto a consignar neste blogue o meu ponto de vista na matéria, merecedora de abundantes considerações.
Mas de momento perdi a vontade: que o assunto é sério mas tenho receio de que os meus escassos leitores me associem a Vitalino e ao PS. E posso ter razão ou não ter, acertar ou não, sair-me um texto escorreito ou uma mixórdia - mas ridículo não.
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