Na última sexta feira entrei, novamente, numa sede partidária para tomar partido numa disputa interna. Não o fazia há anos. Porventura, demasiados anos, mas a vida é assim mesmo e há um tempo para tudo. E ontem – que foi já na sexta-feira – foi dia de voltar a tomar partido, dizer presente e não deixar pela inação que o melhor seja preterido pelo sofrível.
Poucos, talvez não mais do que os dedos de uma mão, seriam os dirigentes do CDS que me fariam perder uma noite familiar para voltar às sedes partidárias. Mas é a Cecília que vai a votos e não poderia deixar de o fazer. Naturalmente, o meu apoio de pouco vale: não mobilizo qualquer sindicato de voto e nem o meu próprio voto lhe poderei deixar, porque ainda militante em Aveiro. Mas fica a certeza que estive do lado certo num momento importante. E, nesta disputa, estar do lado certo é estar do lado da Cecília que representa o melhor que existe na política; precisamente o contrário, há que não ter medo de o dizer, do seu adversário.
E quem tem estado na vida civil sabe bem como a Cecília Meireles é querida e apreciada externamente. Apreciada pelas suas qualidades. Querida por ser a prova que é possível ter políticos dedicados, competentes, verdadeiros representantes do seu eleitorado.
E a Cecília não deixou desiludiu: um extraordinário discurso, mobilizador, com ideias, mas também com um conhecimento profundo do Partido. Um equilíbrio que dificilmente algum outro candidato algum dia poderá ter.
Por isso, a pergunta que cada um deverá fazer é se está, verdadeiramente, preparado para prescindir de um quadro com provas dadas, por qualquer teoria de contabilidade interna.
É verdade que ouço muitas teorias sobre a necessidade de romper com o passado, de reequilibrar forças, de dar uma lição. O que ainda não consegui ouvir, porque, verdade seja dita, não é possível fazer o argumento, é que a Cecília não seja a candidata mais bem preparada.
Ora, esse tem sempre de ser o critério: o mérito. E quanto ao mérito estamos falados, não há sequer qualquer comparação.
Não sei se a Cecília ganhará, mas sei que se perder o CDS estará a passar um atestado ao seu valor maior, ao seu valor fundacional e que animou sucessivas gerações de militantes: os melhores, os mais preparados, os mais trabalhadores devem singrar e não os que têm mais amigos ou mobilizam mais.
Não sei se a Cecília ganhará, mas sei que se perder o nosso eleitorado não perdoará não termos sabido escolher quem ele mais aprecia.
Não sei se a Cecília ganhará, mas sei quem é que, fora das sedes, poderá fazer a diferença.
Num momento de viragem em que o CDS tão desesperadamente necessita de intervenção pública, credibilidade e estar em sintonia com o seu eleitorado, a Cecília é, obviamente, a única escolha possível.
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