Não sou especialista em arquitectura, não sei quanto "valia" esta minha memória da baixa lisboeta. Sei que era um dos pontos de referência das minhas vindas a Lisboa em pequenito, era a garantia que as cinco horas de viagem tinham mesmo chegado ao fim. Só acreditei mesmo que George Lazanby estivera em Lisboa ao serviço de Sua Majestade, quando parou ali em frente a fumar um cigarro com o olhar a vagear entre a Suiça, o Teatro D. Maria II e o Nicola.
Hoje, parte-me o coração e o gosto ver ali o estendal achinesado duma qualquer feira de tecidos. Tenho pena de não ter sobrado nenhum intelectual alfacinha das manifes e associações do Londres ou da Sá da Costa para acampar em greve de fome em frente aos azulejos amarelos do Rossio. Onde estavam o Zé do Túnel, os arquitectos do municipio, o presidente António Costa? Como é possível semelhante aberração num dos pontos mais nobres da cidade?
Se a paragem de George Lazenby, e com ele do mundo, não é suficiente; que se invoque ter sido no Diário de Notícias, que criou e deu nome à livraria, que o Grande Saramago foi pressuroso censor nos idos do prec. Qualquer motivo será bom! Como está, é que não!
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