Os finalistas da geração mais bem preparada de sempre de Portugal, os que se tiverem tido média de 19 vírgula picos e se conseguirem acabar o curso daqui a meia dúzia de anos nos podem retalhar o peito para nos destroçar o coração, ou os pulmões, compraram uma férias em Torremolinos com bar aberto desde as 10 da manhã, e dedicaram o resto do dia a tentar demolir o hotel, ou pelo menos as convenções, instalando televisores nas banheiras, sofás nos elevadores e lançando pelas janelas colchões voadores. Uns labregos.
[Eu também já fiz uma viagem de finalistas. Fui a Londres em Abril de 1974, fui a 7 e regressei a 17. Ficámos numa residencial da universidade de Londres perto de Russel Square que não vandalizámos. Vimos pela primeira vez televisão a cores, e que bonito era ver futebol a cores... Não nos embebedámos, se bem que alguns tenham experimentado o seu primeiro charro, e outros perdido a inocência, na época não era nada mau perder a inocência aos 16 anos, uns com amadoras, outros com profissionais, um dos quais não chegou a perder porque aquilo era um esquema de pagar bebidas e a ele acabou-se-lhe o dinheiro antes de chegar ao último nível. A maior parte foi ver o Oh! Calcutta! e o Last Tango in Paris, que só alguns, como o João Gonçalves, que era da selecção nacional de juvenis de handball, tinha visto até aí quando jogava lá fora. Éramos just a bunch of regular decent guys. Uma semana depois acabava a ditadura, e um ano e meio depois começava a democracia. Por enquanto ainda dura.]
Os papás, e nada como os representantes dos papás para representar os papás, correram a explicar que era muito natural, e os da Confap, uma espécie de Fenprof do encarregados de educação, e eu digo isto tendo sido presidente de uma associação de pais, a do Instituto Gregoriano de Lisboa, meteram as mãos às ancas e esclareceram que, se não fosse para os meninos partirem aquela merda toda, os tinham mandado rezar para Fátima. Em resumo, a expulsão do hotel, antes de terem sequer completado a demolição, foi um exagero.
Já o ministro, esse pau mandado na Fenprof e, pelos vistos, da Fenprof dos encarregados de educação, pôs água na fervura, e disse que é preciso perceber com serenidade o que aconteceu antes de julgar os meninos.
Em resumo, explicam os pais, explica o ministro, é para isto que os meninos andam a ser educados.
De Aninhas a 11 de Abril de 2017 às 12:23
EDUCADOS? A educação começa em casa! E nos dias de hoje, onde está a educação? Será k educar uma criança é deixala fazer td qto lhe apetece? Hoje não se diz NÃO a uma criança, não se dá um açoite, se um professor ralha com uma criança, os pais vão mandar vir com o professor! Educação e respeito, foi em tempos k já lá vão! Agora ouço contar gracinhas de miúdos, k eu digo, meu Deus, pra mim é mesmo falta de educação, e falta de umas boas palmadas, k seriam precisas, se lhe dessem a devida educação , desde bebés! Eu costumo dizer k estas crianças, em adultos são uns autênticos SELVAGENS!
De Teresa a 11 de Abril de 2017 às 12:53
Eu acredito ser mais justo separar trijo de joio e ofende-me um pouco a generalização "os jovens" como se fossem uma entidade única. Como em tudo há bons e maus. Há educados e ordinários. Mas porque são vistos e catalogados como entidade única manda-se tudo para o mesmo saco e atira-se ao rio. Para mim não porque sei como fui educada. E como eduquei os meus. E eu e os meus bem educados - curiosamente nem um nem outro quis ir em viagem de finalistas - temos de conviver com as generalizações. Ou seja no local de trabalho eu cumpro e assisto às acrobacias de quem é mais esperto que os outros e não tem de cumprir. Lembro-me dos aniversários dos meus filhos em casa e ficar espantada pela má educação - selavajaria - dos coleguinhas que convidavam lá para casa.
Mas não me falem que os jovens isto e aquilo. Há jovens e jovens. Como há Portugueses e Portugueses. Como há velhos e velhos. Enviámos centenas para as tais viagens de finalistas, uma dezena portou-se mal... agora é esperar pelos Britânicos no Algarve. É que nunca nos toca Altezas Reais , se tocasse não era assunto.
O Ministro disse o que tinha de dizer para quem está à frente dos arruaceiros mas de Milhares - milhões - de gente de bem.
Tiros para o alto acertam sempre em quem não devem...
De josé Veiga a 11 de Abril de 2017 às 20:16
A senhora, não deixa de ter certa razão e longe de mim o querer generalizar generalizando!!! O que eu quero dizer é que acuso todos. pela cumplicidade passiva!!! Sou contra qualquer tipo de "bufo", mas não sou contra o que acusa em verdade aquele que cobardemente e estupidamente provoca a selvática insubordinação e o desrespeito pelos outros e pelas coisas que não lhe pertencem!!! Os criminosos devem pagar pelos seus actos!!! E só o castigo é que faz a diferença do prémio!!! José Veiga
De Anónimo a 11 de Abril de 2017 às 13:10
O sistema educativo tem de ser modificado. Os tempos mudaram e as famílias, em muitos casos não existem, já não são as mesmas. Há necessidade de se olhar bem de frente para a escola. Esta não pode ser apenas um lugar onde se dá instrução. Nos tempos que correm a escola tem de tomar parte ativa na educação de comportamentos, tem de estar munida de pessoal devidamente formado para esta tarefa. Se não olharmos de frente e com coragem para este desafio corremos o risco de um futuro problemático.
De
Alfredo a 11 de Abril de 2017 às 19:59
Por favor senhor(a) Anonimo,
A escola é para dar cultura e saber.
A casa e os pais é para dar educação.
Já agora: BAR ABERTO?? afinal qual a idade destes estudantes??
Será que existe alguém que reserva hotel com bar aberto e os pais assinam uma autorização para os filhos(as) menores consumirem álcool??
Será que alguém esta a cometer um crime??
Deve ser, portanto, o Estado a, acumulando com a instrução, tratar também da educação dos nossos filhos? Olhe que, para além do problema de definir o que cada um está disposto a ceder ao Estado das suas responsabilidades e opções na educação dos filhos, o Estado tem algumas experiências infelizes nesse domínio. Só não cito exemplos porque não "tou-me cagando para o segredo de justiça".
De António rocha a 11 de Abril de 2017 às 14:24
Então ninguém reparou que a lei espanhola (excepto nas Astúrias) proíbe a venda e consumo de álcool a menores de 28 anos?
Quem foi o responsável por embriagar as n crianças menores?
Deviam, as crianças, ser indemnizadas pelos problemas causados pelos violadores da lei. Com certeza que são espanhóis os responsáveis.
De Rui a 11 de Abril de 2017 às 22:03
28 anos???? 18 em Espanha e 16 nas Astúrias. Informe-se...daqui a pouco diz que em Portugal só pode beber quem tiver mais de 40 anos e acompanhado pelos pais....
De António Rocha a 11 de Abril de 2017 às 14:25
ERRATA:
Queria dizer 18 anos.
De Zé dos Hoteis a 11 de Abril de 2017 às 15:33
Já agora também deve ter dado muito jeito ao 'hoteleiro' que investiu claramente na divulgação da sua unidade para viagens deste genero junto do mercado... o meio milhão de Eurs que arrecadou numa semana, com 'estes selvagens'.
Todos criticam a postura reprovável dos miúdos mas ninguém está tem opinião sobre a 'oportunidade' que é ter um negócio destes em época baixa!
E não me venham dizer que o 'Hoteleiro' não sabia o risco pontêncial de 1000 miudos com as hormonas aos saltos! Já agora investigue-se o que adultos de paises aclamados como bem mais 'civilizados e educados' que o nosso fazem em despedidas de solteiro em hotéis do nosso Algarve
De Aninhas a 11 de Abril de 2017 às 18:04
Sobre o comentário da Teresa, sim, tem razão pagam uns pelos outros! Ou seja paga o justo,pelo pecador! A minha filha tb não foi a essas viagens, prq ela mesmo dizia, k não estava pra pagar pelo k os outros faziam! Cá está, isto depende da educação k tem! Já noutro comentário parece k o sr está a dar razão a juventude! Prq uma coisa é devertirem-se, outra é vandalismo!
De Maria a 11 de Abril de 2017 às 18:30
É a boa educaçao que lhes dão em casa. São esses mal educados e arruceiros meninos que vão ser os futuros lideres de Portugal??? Coitado deste país!!
De Ana a 11 de Abril de 2017 às 19:27
Na verdade tudo isto é reprovável. Merecem-se uns aos outros:
- Os jovens por fazerem transparecer que em casa não têm educação - se calhar até têm, mas esquecem-se do que aprenderam e do esforço que os pais fizeram para os ter na viagem de finalista - que teve um valor superior ao ordenado mínimo nacional (viagem+caução+dinheiro para a semana, etc) - não respeitam esse esforço, o voto de confiança dado pelos pais e as dificuldades financeiras que tantos outros da sua idade têm para conseguir comer um prato de frango com massa.
- Os outros dois são empresários - hoteleiro e agência - e como tal o principal objetivo é ganhar dinheiro, não importando muito se tal implica aceitar e conduzir menores de idade a estarem envolvidos em situações que conduzem a excessos e terem atitudes reprováveis.
- É também lamentável considerar-se que pelo facto de se deixar uma caução, já está contemplada a possibilidade de se fazerem estragos, porque isso é normal, ou seja o dinheiro resolve tudo!
De MM a 11 de Abril de 2017 às 19:48
Só posso opinar sobre o que conheço. Como discente e como docente do ensino básico sei que estes jovens arruaceiros são os que vivem entregues a si mesmos, sem disciplina alguma e por vezes com modelos parentais pouco recomendáveis. Como docente chamei uma vez um pai à escola, pois o filho insistia em repetir, com todos os professores, a exclamação "F***-** Stôr(a)". O pai apareceu aos gritos a repetir a mesma expressão, a chamar-me "fácista" e a acusar a escola de limitar a liberdade de expressão da criança, e estava preparado para dar uma "carga de p******" a quem o voltasse a chamar à escola. São os tempos que mudam. Mas não se pode generalizar pois a maioria dos jovens não corresponde a este padrão. Mas noto que cada ano que passa aumenta o número de jovens problemáticos.
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