Ao mesmo tempo que semeia rasteiras, obstáculos e armadilhas que a travam no caminho da economia, umas vezes com a melhor das intenções de devolver rendimentos aos portugueses com fé que os multiplicadores os transformem em crescimento, e já agora em votos, outras apenas para pôr na ordem as forças reaccionárias e retrógradas e mostrar aos parceiros da coligação quem é que manda aqui, o governo, surpreendido por ela ter deixado de crescer, olha para a economia à espera que acelere.
O que não é sinal de desânimo nem hesitação, antes pelo contrário. O primeiro-ministro garante que "Podemos discutir se [o deficit] é 2,2% [previsão do OE 2016] ou 2,7% [previsão da UE], mas o que não há dúvidas é que será, pela primeira vez, inferior a 3%, permitindo a Portugal sair do procedimento de défice excessivo e beneficiar de outras oportunidades para apoiar o investimento e promover o crescimento".
É verdade que se baseia em previsões. E quando um primeiro ministro diz "Não há dúvida que..." porque a pior das previsões aponta para..., ou é burro e não percebe que as previsões valem o que valem e não garantem nada, ou percebe e é um vigarista que usa as previsões como se fossem factos para enganar o país.
O António Costa percebe que as previsões valem o que valem.
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