Ontem o Circo Costa passou pela cidade e presenteou-a com mais uma magnífica matiné, ao nível a que nos tem habituado, no hemiciclo da Assembleia da República, onde estreou o novo número de ventriloquia apresentado pelo já consagrado membro da companhia Pedro Nuno Santos como ventríloquo, e pelo estreante Ricardo Mourinho Felix como boneco, que desempenharam os papéis de Rafeiro e Cachorrinho na peça "Rosna-lhes às canelas, Bobi".
A técnica de ventriloquia funcionou na perfeição, e os diálogos foram de chorar a rir. Transcrevo alguns excertos:
O artista Pedro Nuno Santos, que se tinha notabilizado pelo modo exímio como desempenhou o papel de idiota que faz caretas e manguitos aos banqueiros alemães para lhes provocar tremores nas pernas no número de palhaços "Marimbando para os Credores, nós temos a Bomba Atómica", classificado pelos críticos como "palavras fortes, eventualmente com uma imagética própria e excessiva", o que, para os que não dominam a linguagem hermética da crítica circense, é uma crítica positiva, num jantar de Natal socialista em Castelo Branco, revelou igual mestria como ventríloquo na condução do fantoche Ricardo Mourinho Felix no parlamento.
Quanto a este, esteve à altura do papel de fantoche, não havendo nada a criticar-lhe na actuação, excepto algumas hesitações que foram prontamente corrigidas pelo ventríloquo.
E o António Costa, o gorducho director do circo que engole sílabas, facturou mais uma subida nas sondagens. Por enquanto, estamos entregues aos palhaços.
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