O novo Partido Socialista enfiou completamente a camisola do engraçadismo bloquista, e quer enfrentar Bruxelas rejeitando as sanções [resultantes do deficit excessivo de 2015].
Complementou-a com o leninismo próprio do modo de fazer política desta direcção do partido, com o peso todo na propaganda e nenhum na substância, ao desafiar a oposição a votar a rejeição das sanções para provocar o voto contra e poder lamentar nos telejornais, e injuriar nas redes sociais, o PSD e o CDS por serem pelas sanções e contra Portugal.
Como as sanções consistem em decisões e acções de Bruxelas, e não do parlamento ou do governo, não se percebe bem o alcance de as rejeitar. Rejeitando-as, Portugal continua a ter acesso aos fundos que Bruxelas pode decidir cortar? Pode recusar o pagamento da multa (pode sempre contestá-la, e contestá-la-ia nas instâncias judiciais europeias antes de a pagar, com ou sem voto contra as medidas) que Bruxelas pode decidir impôr?
Não. Não pode fazer nada com o voto de rejeição. A camisola que às meninas do BE serve, a estes anafados cabeçudos, não lhes vai passar abaixo da testa. O que o PS está a enfiar não é uma camisola, é um barrete.
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