Alguém com tempo, cultura e disponibilidade, poderia ocupar mais tempo a desfazer nos media as elucubrações teóricas de Pacheco Pereira. Os seus monólogos, estruturados, intelectuais e fundamentados em falácias, são substrato mediático muito importante para a grelha ideológica actual da esquerda retorcida que golpeou o poder.
Pacheco ajudou, e muito, a não-maioria absoluta da coligação. Mantendo a filiação no PSD, não é mais do que uma toupeira, minando nos media, e por dentro, o partido em que milita. Um "tumor" que devia ser controlado e democraticamente quimioterapeutizado. Pacheco é socialmente perigoso. Perigoso, sobretudo para os portugueses influenciáveis pelas tretas intelectuais sempre bem elaboradas sem direito de resposta, mas também para todos os outros, porque defende políticas que só podem dar mau resultado, nos conduziram à bancarrota, e ajudam a legitimar acção pública de oportunistas políticos.
Pacheco não responde a críticas e ignora opositores. Pacheco está só na sua torre de marfim da Marmeleira sobranceira a Portugal. E tem um peso mediático desproporcionado enquanto é ignorado e não lhe é feito o contraditório
Pois tenho novidades para vos dar, surpresa!, de repente, saímos e saímos com uma genuína ruptura."
Isto é um disparate lógico de precocidade absoluta. A gestão do Estado em moeda única (mesmo sem, mas enfim, somos um país do sul) deve obedecer a critérios economicistas, para bem do Estado e dos cidadãos: não há mesmo alternativa se quisermos prosperar. Nem em Portugal, nem em Itália, nem na Grécia, onde os amigos das novas amigas de Pacheco, as meninas do Bloco, tentam esticar a corda da tolerância europeia com apenas dois fins à vista: a depauperização no euro, ou a saída do euro com mais pobreza. Também não há alternativa nos países ricos da Europa que são ricos, porque esses sabem e praticam que não há alternativa e já desde antes do Euro.
Pacheco tem muita audiência entre as classes favorecidas/confusas centro-esquerdistas ávidas de justificações para o seu passado anti-regime fascista de sofá, hesitantes entre a paranóia anti-neo-liberal, ou o delírio pseudo-marxista burguês.
Deviam dar-lhe mais atenção, de modo estruturado, fundamentado e bem desmontador, das absurdidades que vai debitando com pouco ou nenhum contraditório.
Pacheco, já custou caro a Portugal. Quanto mais nos irá custar esse símbolo intelectual do nosso sub-desenvolvimento?
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