1. Juro que me esforço, leio, investigo, ouço, para entender a posição de Passos Coelho quando diz concordar com a solução para o BANIF. Entendo bem, que ser responsável por uma crise política de dimensão desconhecida, num momento em que não se pode ir a eleições ou em que a coligação de esquerda teria caminho fácil para o responsabilizar por tudo mais um par de botas, é muito desagradável. Mas, sancionar a decisão de resolução com elevadíssimos custos para os contribuintes num terreno pantanoso e depois da mais que dúbia notícia da TVI, favorecendo o grupo PRISA, propriedade do Santander, associado ao PSOE, amigo de Costa e PS, não é mais que muito desagradável?
2. Nas redes sociais, alguns dos mais resistentes e indefectíveis apoiantes de Passos Coelho anunciaram que nunca mais votariam nele ou que a partir da aprovação do rectificativo estaria morto.
Porque razão assume Passos, o custo eleitoral de um apoio muito impopular?
3. Ainda falta informação e por isso os julgamentos definitivos parecem-me precoces:
- a notícia da TVI foi inserida por quem e com base em que fonte? O banco teria resistido mais 15 dias sem este facto? Como é possível que Sérgio Figueiredo ainda não tenha aparecido a justificar-se?
- a posição da Comissão Europeia como foi fundamentada? Onde está o documento?
- como fundamentou, o BCE, a decisão de retirar o estatuto de contraparte ao BANIF? Onde está o documento? Teria apelo? A decisão poderia ser protelada 15 dias?
- a fuga de 900 milhões de depósitos, depois da acção da TVI, foi decisiva para as decisões da CE, do BCE, ou estas decisões não estão relacionadas?
Seria bom que nos explicassem, antes mesmo de iniciarem inquéritos parlamentares da treta.
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