As interpretações crapulosas de Pacheco Pereira têm um lado instrutivo:
Marcelo não se podia candidatar, porque veio do comentário político, o que é uma "mancha ética". Mas Costa pôde candidatar-se a líder do PS e a primeiro-ministro, mesmo vindo da Quadratura do Círculo; e pode preparar-se para forçar um governo seu, coligado com 2 partidos que se opõem activamente a toda a estrutura da nossa vida política, económica, social, e cultural, mesmo nunca tendo mostrado essa intenção ao eleitorado e apesar de ter perdido as eleições.
O próximo Presidente da República não pode convocar eleições ao fim de 6 meses, porque isso seria fazer um servicinho à coligação, que está desejosa de obter a maioria absoluta. Mas entre 2011 e 2015 todas as quintas-feiras Pacheco pediu eleições antecipadas, a bem da "saúde democrática", porque o governo tinha "perdido a legitimidade", e não percebia esta sobrevalorização da estabilidade "pantanosa".
Espremendo, foi isto. Pacheco ajudou a legitimar a situação miserável do país; ouvindo-o com cuidado, percebe-se como e porquê.
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