Eu vou contar uma história.
Quando acabei o curso comecei a carreira numa multinacional de informática e o primeiro cliente com quem trabalhei depois de um período de formação inicial foi a Polícia de Segurança Pública, que tinha acabado de montar um centro de informática no Comando Geral na Penha de França, e que tinha começado a informatização da sua actividade com a criação de uma base de dados de armas.
Na época os teclados normais não tinham cedilhas nem acentos, constituindo o suporte de hardware e software a teclados com esses caracteres uma opção que se chamava National Language Support que se pagava cara, na época tudo o que tinha a ver com informática era inimaginavelmente caro, e se tinha que instalar em acrescento ao sistema operativo.
Um dia perguntei ao pessoal da informática da PSP [e o pessoal da informática da PSP é outra história à parte que também merece ser contada, por ser quase exclusivamente composto por mulheres, porque tinha sido seleccionado entre os agentes que concorreram ao concurso interno através de testes psicotécnicos, e enquanto a maioria dos agentes tinha a escolaridade obrigatória muitas das agentes tinham o ensino secundário completo e estavam colocadas em locais onde o conhecimento de línguas era valorizado, como os aeroportos, e muitas delas estavam a completar o 12º ano para se candidatarem a cursos superiores, ou a candidatar-se à Academia da PSP para se formarem como oficiais da PSP, ou a frequentar universidades como trabalhadoras-estudantes] o motivo porque tinham optado pelo NLS.
Responderam-me "por causa das armas de caça".
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