É preciso mais do que um bocado de lata para um banco que, quando é mal gerido, e, quando o é, é-o pelo facto de ser público e seguir recomendações ou ordens da tutela, e as tutelas socialistas não se têm furtado a fazer-lhe recomendações e a dar-lhe ordens em nome do financiamento dos sectores estratégicos da economia, das pequenas e médias empresas, e dos empresários amigos dos governantes socialistas, tem a garantia de reposição do capital em falta por extorsão dos contribuintes, e acabou de ser recapitalizado por uma das maiores operações de extorsão dos contribuintes da história de Portugal, que delapida o capital, quando o tem e quando não o tem, em sedes majestáticas e fundações culturais que não cumprem função cultural nenhuma mas dão patine ao nome aos gestores que as fundam, competir pela consignação de 0,5% do IRS com pequenas organizações não governamentais que cumprem funções sociais e humanitárias notáveis e imprescindíveis nas áreas onde o Estado, e é melhor não falar da banca para não desatar a dizer palavrões, falha redondamente, até porque canaliza o dinheiro dos contribuintes para capitalizar bancos públicos e não lhe sobra para acudir às necessidades do estado social que são deixadas para trás, e agora já nem chega para manter o Metro, o INEM e os hospitais em funcionamento, e que se vêem permanentemente aflitas e gastam grande parte das suas energias e do tempo de quem as mantém vivas à procura financiamento para as suas actividades sociais e humanitárias.
Não, o meu IRS consignado não vai para a Fundação CGD Culturgest, vai para o Banco Alimentar, como poderia ir para outras organizações não governamentais igualmente generosas, esforçadas e meritórias. Para os banqueiros pedintes mando, e convido todos a mandarem, manguitos.
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