Hoje continuamos a oferecer mais uma edição do nosso interessante passatempo "Descubra as diferenças", que alguns dos mais velhos de nós recordarão do saudoso "Diário Popular".
Sapo Desporto, 14 de Setembro de 2016:
Expresso, 23 de Setembro de 2016:
Hoje continuamos a oferecer mais uma edição do nosso interessante passatempo "Descubra as diferenças", que alguns dos mais velhos de nós recordarão do saudoso "Diário Popular".
Depois de alguma hesitação administrativa pelos responsáveis mais ligados às finanças do partido, o presidente do PSD em boa hora resolveu politicamente um dilema que, administrativamente, até lhe podia dar jeito, rejeitando a reposição das subvenções aos partidos e às campanhas eleitorais que tinham sido, também elas, sujeitas a cortes de 10% e 20%, respectivamente, na legislatura anterior. Sendo o partido que obteve mais votos nas eleições legislativas, é também o que teria mais a ganhar com a reposição. Mas a rejeição é politicamente inteligente, porque a vida não está para reposições, como sempre tem defendido, e bem, e, dado a anúncio anterior dos pequenos partidos que são contra esta reposição, deixa o PS sozinho a defender em causa própria e a suas custas a reposição, que tanta falta lhe faz, dado que é coerente e gere as finanças do partido com a mesma lucidez e prudência que as públicas.
E como é que os jornais noticiam a posição dos dois partidos face a este dilema? O passatempo de hoje desafia os leitores a adivinharem que jornal noticiou de que modo os mesmo factos, mas sem fazer batota e abrir o link para a página de cada jornal para ver a solução.
Vá lá, eu dou uma ajudinha, um dos jornais é o Diário do Governo Público. Bom passatempo!
Hoje oferecemos mais uma edição do nosso interessante passatempo "Descubra as diferenças", que alguns dos mais velhos de nós recordarão do saudoso "Diário Popular".
Em Angola, um bando de patetas decidiu reunir-se para fazer a leitura colectiva de um guião para a insurreição, uma espécie de "Que fazer?" do Vladimir Ilitch Ulyanov com um século de atraso, de sua graça "Ferramentas para destruir o ditador e evitar nova ditadura — Filosofia Política da Libertação para Angola" da autoria de um deles. Quando estavam na leitura do capítulo 7 apareceu a polícia e levou todos presos, com receio que aquele grupinho de tontos a conspirar para derrubar a ditadura fosse uma ameaça real ao regime. Os regimes comunistas não brincam em serviço. Fizeram greve de fome em protesto contra a prisão e o Bloco de Esquerda inaugurou a legislatura em Portugal com uma pantomina de apelo à sua libertação, abundantemente fotografada e mostrada por todos os jornais.
Em Portugal, um bando de patetas decidiu reunir-se para fazer a rentrée política do partido do governo e assistir à apresentação de um guião para a insurreição, uma espécie de "Que roubar?" do José Sócrates Pinto de Sousa, e, além de ovacionar a oradora Vladimira Ilitcha Mortaguanova (*) quando ela os desafiou a "perder a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular" e lhes lançou o repto de "pensar sobre o que representa o capitalismo e até onde está disposto a ir para constituir uma alternativa global ao sistema capitalista", ainda lhe dedicaram olhares de desvelo e carinho que qualquer um de nós não desdenharia dedicar aos nossos animais de companhia quando fazem gracinhas que nos enternecem.
Enquanto em Angola, o país da engrenagem e da enxada, o governo prende os insurrecionistas com medo que façam uma revolução, em Portugal, o país da rosa, o governo adopta-os como animais de companhia e encanta-se com as suas gracinhas. Portugal vai muito mais à frente no campo da insurreição.
* Nome propositadamente alterado para proteger a privacidade da oradora.
Económico, 9 de Fevereiro de 2016:
Público, 17 de Setembro de 2016:
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