O Patriarcado de Lisboa partilhou nas redes sociais um quadro elaborado por uma associação de direito à vida, a Federação Portuguesa pela Vida, que resumia a posição dos diversos partidos face a diversos temas da "ideologia de género", incluindo o aborto, a eutanásia, as barrigas de aluguer, a prostituição e a liberdade de educação, e apelando ao voto nas eleições para o Parlamento Europeu nos partidos que defendem a vida, ou seja, que são pela criminalização do aborto e da eutanásia, e talvez as outras. Mais tarde retirou a publicação e classificou-a como uma imprudência, ou por ter ponderado que a recomendação incluía algum partido em cujas posições o Patriarcado não se revê, ou por preferir manter-se acima da luta política abstendo-se de fazer recomendações de voto.
Não é a primeira vez que a Igreja faz recomendações de voto em eleições.
Nas primeiras eleições a seguir ao 25 de Abril, realizadas em 25 de Abril de 1975 para eleger a Assembleia Constituinte, o pároco de uma pequena paróquia no Alto Minho ponderou que o melhor voto dos seus paroquianos devia ser no CDS, e na missa que antecedeu as eleições comunicou-lhes essa recomendação.
Mas fez mais, sendo uma paróquia com uma elevada proporção de gente de idade e analfabeta decidiu ajudá-los a localizar o CDS no boletim de voto. Assumiu que o boletim de voto devia ter os partidos dispostos por ordem alfabética e recomendou o voto no terceiro quadrado.
E nas primeiras eleições da nossa jovem democracia a mesa de voto dessa paróquia do Alto Minho teve uma esmagadora vitória da Frente Socialista Popular, um grupo de dissidentes do Partido Socialista que sairam pela extrema-esquerda para fazer a revolução popular.
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