Aproximam-se as eleições, um tema que me é particularmente sensível porque vou, pela primeira vez nos últimos 60 anos, apresentar-me como candidato a um lugar político, mas nem este facto me esmorece a minha natureza solidária que se sobrepõe a qualquer sectarismo, e vou partilhar uma reflexão de grande oportunidade e utilidade para os meus leitores de esquerda, no entanto os meus adversários no combate político que me vai ocupar os próximos dois meses. Eu sou mesmo assim.
Quer fazer uma declaração política?
Não hesite em mentir. Arranje uma figura mediática capaz de sensibilizar o público-alvo, como se faz nos anúncios da televisão das operadoras de telecomunicações ou dos suplementos alimentares, parta de factos reais
"...deixou Portugal em 2011..."
para a mentira ser plausível, omita os detalhes suficientes
"...chegou ao Luxemburgo a 15 de Março de 2011..."
para a conclusão saltar à vista, e seja claro na conclusão
"...foi convidada a sair de Portugal pelo primeiro-ministro Passos Coelho".
Faça-se publicar no jornal Público em tempo de pré-campanha eleitoral. E candidate-se às eleições pelo Bloco.
E se for apanhado na mentira?
Diga que foi um exercício de ironia.
E o jornal Público?
Altere o título da edição online de "Filha de Salgueiro Maia no Luxemburgo depois de convidada a sair por Passos Coelho" para "Filha de Salgueiro Maia emigrou para o Luxemburgo e lembra convite de Passos". Não remove o lixo, mas varre-o para debaixo do tapete.
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