"Jamaica somos todos nós", disse o solidário ministro da Administração Interna.
Quer dizer, Jamaica são vocês, que às cinco da manhã se vão meter na fila para tentar marcar uma consulta no centro de saúde para o médico de família vos passar uma guia para poderem marcar uma consulta de especialidade no hospital meses ou anos depois, e nessa consulta entrarem pelo fim na lista de espera para cirurgias, e até serem tratados mais alguns anos depois têm que morder o cinto e aguentar as dores, ou melhor ainda morrer e dar lugar a outros. Deixem-nos governar mais uns anos e trataremos de assegurar que serão todos Jamaica.
Nós vivemos em duplexes na Avenida da Liberdade, em condições que não vos explicamos porque se soubessem tudo faziam como nós fazemos e a Avenida da Liberdade seria uma chunguice, que largamos discretamente quando a visibilidade se intensifica por mudarmos de funções. Mas somos perseguidos pelo nosso tom de pele, que seria de nós se não fossemos?
Somos todos Jamaica, vocês com as penas que têm que arrastar e nós com as nossas.
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