Hoje lanço aqui um MBA rápido em Jornalismo, na especialidade de Entrevista Política, com uma garantia de empregabilidade de 100% na Impresa, o grupo de comunicação social do dr. Pinto Balsemão. O curso é gratuito, mas ofereço a garantia de devolução das propinas se o candidato não conseguir o tão desejado lugar nos quadros deste afamado grupo.
O curso é suportado cientificamente numa investigação empírica exaustiva conduzida ao longo de anos na observação de percursos profissionais de sucesso de jornalistas lambe-botas e lambe-cus, fundamentação científica que permite assegurar os resultados prometidos.
O estudo de caso que se propõe como exercício é preparar um guião para uma boa entrevista ao líder da oposição. Para os alunos não gastarem os neurónios, a abundância de neurónios não é um pré-requisito para o ingresso no grupo Impresa, a resolvê-lo, apresenta-se desde já a solução e despacha-se o curso mais repidamente.
Guião para uma boa Entrevista ao Líder da Oposição.
[Se incluiu estas perguntas na sua solução, o entrevistador já obteve a aprovação no curso e um lugar garantido nos quadros da Impresa. A resposta seguinte permite ascender à classificação de Aprovado com louvor e Distinção e dá acesso directo ao ingresso na Quadratura do Círculo e a sete mil e quinhentos euros por mês a título de direitos de autor, que pode acumulaar com outros rendimentos e lhe dá um desconto no IRS]
Obrigado pela vossa comparência no curso, espero que vos tenha sido útil e proveitoso, e deixo-vos a sugestão de levarem sempre convosco a imagem de São Pacheco, o santo padroeiro dos vira-casacas, que neste mundo nada é imutável e a capacidade de adaptação a circunstâncias que se alteram dinamicamente é crucial para os lambe-botas e lambe-cus de sucesso.
* Imagem do santo tomada de empréstimo ao seu suposto autor, o blogue wehavekaosinthegarden.
* mas teve vergonha de perguntar.
Mais um complemento ao MBA rápido para jovens socialistas que pretendam vir a assumir a pasta da Finanças em governos socialistas. Nunca deixamos os nossos alumni ao Deus dará.
Do Mário Soares ao Francisco Louçã, da Catarina Martins e das manas Mortágua ao João Galamba, à Ana Catarina Mendes, ao Pedro Nuno Santos, os socialistas do Tempo Novo, até os comunistas da velha guarda tão resistentes a aderir ao folclore da moda, toda a gente que conta fala de economia especulativa de casino.
Mas afinal o que é economia especulativa de casino? Sabe? Não sabe e passa pela vergonha de não perceber bem o que é que eles lhe dizem com tanta convicção ou vê-se mesmo forçado a evitar meter-se em discussões para disfarçar a sua ignorância? Tenho a resposta para si!
Economia especulativa de casino é vender títulos de dívida de alto risco de não virem a ser remunerados e reembolsados nos termos contratualizados, e compensar esse risco com a promessa de juros altos para aliciar os investidores com maior preferência pelo risco ou os mais aversos ao risco mas incautos.
Por exemplo? As obrigações subordinadas que o governo socialista vai mandar a CGD emitir para vender a investidores privados no âmbito do seu processo de recapitalização.
Um complemento ao MBA rápido para jovens socialistas que pretendam vir a assumir a pasta da Finanças em governos socialistas. Nunca deixamos os nossos alumni ao Deus dará.
Artº 1º - Disfrute as oportunidades que lhe são abertas por ser um governante socialista como se não houvesse amanhã.
Artº 2º - Se for apanhado, reembolse, reembolse, reembolse, reembolse sempre.
Artº 3º - Não se fala mais nisso.
Mais uma sessão do nosso MBA rápido para jovens socialistas que pretendam vir a assumir a pasta da Finanças em governos socialistas, os homens novos do tempo novo, desenvolvido em parceria entre a Universidade de Harvard e a Universidade de Verão do Partido Socialista.
Hoje vou dar uma aula extra-curricular, subordinada a um dos temas mais interessantes que a governação socialista enfrenta sempre, e especialmente no momento actual:
A questão é tanto mais actual quanto o governo e a maioria que o apoia têm accionado todas as alavancas certas para promover o investimento, a criação de emprego e o crescimento económico:
Todas estas políticas são as mais eficazes para promover o investimento, porque toda a gente sabe que trabalhadores mais bem pagos, com mais tempo para o lazer e o consumo, e confiando aos sindicatos a defesa dos seus interesses e dos serviços que prestam ao público conseguem atingir produtividades mais elevadas, sendo mesmo provável que, se recebessem salários equivalentes aos dos trabalhadores alemães e trabalhassem tão poucas horas e tão poucos dias como eles, os trabalhadores portugueses a cozer sapatos seriam tão produtivos como os alemães a fabricar motores de avião. E que, com um ambiente de investimento tão estimulante, os investidores nem se ralam de pagar mais impostos, tamanhos os lucros que terão à mão de semear se investirem.
Só mesmo os neoliberais mais insensíveis são capazes de ter a mesquinhez de duvidar da eficácia destas medidas, com o pretexto de aumentarem os custos de produção unitários e tornarem a nossa economia menos competitiva, destruindo emprego e desincentivando a criação de novos empregos, assim como de aumentarem os riscos de negócio decorrentes da imprevisibilidade da legislação que modela o ambiente de negócios no país, nomeadamente a fiscal ou laboral. Mas o neoliberalismo é apenas um caso de polícia, e não devemos perder o precioso tempo lectivo de uma universidade de elite socialista a discutir as invejas dos neoliberais.
Acresce um factor ainda mais importante e ainda mais estimulante do investimento. Apesar de o caminho para o socialismo estar inscrito há mais de 40 anos na nossa Constituição, temos sido um bocado calões, talvez por culpa do Mário Soares que meteu o socialismo na gaveta, talvez por ter feito as contas, ou alguém que as soubesse fazer as ter feito por ele, e chegado à conclusão que não havia dinheiro para o socialismo, e só desde Novembro último é que estamos finalmente no caminho para o socialismo onde países como, por exemplo, a Venezuela, já chegaram.
Ora, e finalmente chegamos ao problema que pretendemos resolver nesta sessão, com esperança de acessoriamente contribuir para tranquilizar o meu companheiro João Pereira da Silva, a grande questão que temos pela frente é.
E a resposta não podia deixar de ser:
É claro que todos os jovens socialistas deram a resposta certa e estão dispensados de exame. Até à próxima.
Regresso às aulas no MBA rápido para jovens socialistas que pretendam vir a assumir a pasta da Finanças em governos socialistas, desenvolvido em parceria entre a Universidade de Harvard e a Universidade de Verão do Partido Socialista.
Hoje o tema é a "Gestão Estratégica dos Recursos Humanos", designação sonante que encerra alguns mistérios que vamos tratar de esclarecer aqui. Para nos ajudar no estudo de caso temos, nada mais, nada menos, que o ministro José Vieira da Silva, ilustre marinhense e assistente convidado no incontornável ISCTE onde estas questões da estratégia são estudadas há décadas.
E o problema para se resolver hoje é o seguinte:
O problema é um clássico da gestão estratégica socialista dos recursos humanos, e eu espero dos meus alunos socialistas não menos do que terem a resposta certa na ponta da língua:
Hoje estão todos passados e é uma aula mais ligeira, que a praia está convidativa, mas para os habituais marrões interessados em compreender a mecânica das coisas deixo aqui uma informação útil de natureza empírica. A gestão estratégica dos recursos humanos resulta mesmo, e os novos gestores estão, de facto, a interpretar e implementar correctamente e com sucesso a nova estratégia do governo e a implementar políticas públicas ativas de promoção do emprego e de combate à precariedade. Só por esta informação, valeu a pena esperarem pelo professor no piano à saída da sala de aula.
Ah, que distraído que eu sou! a aula de hoje não era sobre gestão estratégica de recursos humanos, era sobre "Stand-up Comedy", uma competência ainda mais importante para os governantes socialistas. Deixo a correcção juntamente com as minhas desculpas por qualquer coisinha. Boa praia.
A segunda aula do MBA rápido dirigido aos jovens socialistas que pretendem vir a assumir a pasta da Finanças em governos socialistas, desenvolvido em parceria entre a Universidade de Harvard e a Universidade de Verão do Partido Socialista, é em horário nocturno, para não perturbar o dia de praia dos governantes socialistas.
Hoje vamos falar sobre "Privatizações", um tema ainda mais apaixonante e mais complexo do que o de ontem. As privatizações são, simultaneamente, uma ameaça para a coligação, que incorporou vários partidos, e mesmo vários membros do partido do governo, com alergias declaradas ao tema, e uma oportunidade formidável de proporcionar bons negócios a bons amigos que são amigos do seu amigo. Uma ambiguidade de interesses que só pode ser resolvida com grande flexibilidade ética e política, que vamos procurar ensinar aqui.
O caso de estudo de hoje é a solução para o problema:
A resposta certa é uma solução mais do que testada e comprovada:
Quem chegou aqui tem nota positiva, e pode ir para a discoteca festejar mais este sucesso académico, tendo em atenção que amanhã é dia de praia e as olheiras ficam sempre mal a quem quer parecer bonito. Mas, dada a riqueza do tema, há uma pergunta adicional para os alunos que queiram ter acesso à nota máxima:
Ah, pois, nestas perguntas inesperadas é que se distinguem os bons alunos dos alunos excepcionais, os que continuavam a ir para a escola em Julho, quando os outros já estavam de férias há muito tempo a ouvir o relato do Portugal-Coreia do Norte! A resposta certa é:
Para os que apreciam as tecnicalidades, vale a pena reflectir um pouco sobre os pontos fortes e as dificuldades da solução do anúncio pelo próprio primeiro-ministro.
O ponto mais forte é a credibilidade, porque toda a gente sabe que os primeiros-ministros socialistas são credíveis, se não no conteúdo, pelo menos na forma: derivado à introspecção, é suposto um primeiro-ministro conhecer as decisões tomadas pela própria pessoa do primeiro-ministro.
A maior dificuldade é convencer o primeiro-ministro a dizer o que alguns analistas neoliberais podem interpretar como uma machadada irremediável na reputação de um banco e, portanto, na viabilidade da sua continuação em operação, justamente o objectivo de quem pretende reduzir a zero o valor do banco para o poder vender aos amigos ao preço da uva mijona. O problema acaba por ser circunstancialmente menos complexo de resolver do que parece, porque os primeiros-ministros socialistas são geralmente vaidosos e palavrosos, e incapazes de compreender o alcance do que lhes dizem para dizer, de modo que é fácil convencê-los a dizer coisas, desde que se lhes diga que é bom para eles e ameaçador para os inimigos, por exemplo, os neoliberais de Bruxelas, dizê-las.
Por hoje é tudo, e peço-vos desculpa por ter sido uma aula mais complexa do que é habitual, mas o ensino elitista de uma Universidade que pretende formar os melhores dos melhores socialistas assim o exige. Continuem a seguir-me e um dia poderão vir a ser excelentes governantes socialistas. Ide em paz.
Hoje vou iniciar no Gremlin Literário uma formação dirigida aos jovens socialistas que, mais tarde ou mais cedo, serão chamados a retribuir à Pátria aquilo que a Pátria lhes deu assegurando a pasta das Finanças em governos socialistas, desenvolvida numa colaboração entre a Universidade de Harvard e a Universidade de Verão do Partido Socialista.
O tema da lição de hoje é a boa execução orçamental em linha com o programado:
A resposta certa é:
Para os mais interessados em tecnicalidades, esta boa prática da gestão financeira socialista é desaconselhada no sector privado porque, além de promover a ruína da economia pela dependência generalizada das empresas da banca, não para financiar o investimento, o crescimento e a criação de emprego, mas para irem evitando, enquanto conseguem obter crédito, rupturas de tesouraria que se podem propagar em cadeia às empresas a quem as que entram em ruptura de tesouraria deixam, por sua vez, de pagar, a contabilidade rege-se por critérios económicos para a determinação do momento de contabilização dos custos, ou seja, reconhece-os no momento em que os produtos e serviços são consumidos ou, simplificando, as facturas são contabilizadas quando são recebidas dos fornecedores, e não quando lhes são pagas.
Já no sector público, a promoção da ruína da economia pelo atraso nos pagamentos funciona do mesmo modo que no privado, até amplificada pela escala da intervenção do Estado na economia, mas oferece interessantes possibilidades de gestão orçamental aos gestores socialistas, porque a contabilidade pública obedece a critérios de tesouraria e os custos só são reconhecidos quando são pagos aos fornecedores, o que permite gerir em linha com o orçamento mesmo gastando mais, ou apresentar orçamentos inexequíveis mas simular que são executados rigorosamente até a marosca ser descoberta.
Para não cansarem muito as cabecinhas socialistas, hoje fico por aqui.
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