A Comidinha foi ontem. Tomorrow (hoje) another day, another boy - como diziam as adolescentes inglesas, no tempo da Velha Senhora, aos Tugas engatatões, de férias na Meca do Algarve.
E hoje foi um tasco, bancos corridos, papel a servir de toalha, talheres a segurar enquanto trocam os pratos, ai que típico, a decoração onde sobressaem as pinturezas do dono, que não têm nem a desculpa de serem naïf; a ementa também sempre a mesma, puída pelo uso: um vinho reles, de garrafão - diz que o povo gosta; uma canja de conquilhas, com areia; polvo assado, saboroso mas duro, nada de galeguices; depois o pernil, diz quem provou que estava bom; uma sopa de feijão feita com o osso do presunto, com o correspondente arrière-goût de ranço. À sobremesa uns biscoitos bem feitos e uns bolinhos de figo, fortes e decentes, com acompanhamento de um horrível bagaço, a fingir de medronho, e um vinho abafado que o devia ter sido de vez, à nascença.
35€ por cabeça é o preço da receita. Parece que a farmácia tem muitos clientes. Este diz - até nunca, Vila Lisa ou lá o que é.
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