Quarta-feira, 7 de Junho de 2017

Pontos de vista

Sadiq Khan, presidente da câmara de Londres, declarou que os ataques terroristas da semana passada na ponte de Londres e no mercado de Borough foram deliberados e cobardes, não esquecendo de incluir a habitual referência à inocência das vítimas.

 

Estas palavras de circunstância conseguiram combinar o erro com a banalidade, acha Theodore Dalrymple, no essencial porque não se imaginam atentados que não sejam deliberados, se há vítimas a respeito das quais se invoca a inocência conviria indicar que vítimas é que poderiam ser culpadas naquele contexto, e os terroristas cobardes não são com toda a certeza, porque o que podiam razoavelmente esperar era a morte, mesmo que no Além os esperassem 72 virgens.

 

Fiz um comentário foleiro lá no sítio, salientando que as opiniões divergem, por haver quem ache que as virgens são apenas 42, que o stock delas já deve estar por esta altura substancialmente reduzido, e que aqueles loucos terroristas deveriam saber que uma única virgem, mesmo que apaixonada, é o cabo dos trabalhos, sendo largamente preferível uma mulher experiente e receptiva.

 

Piadas minhas à parte, Dalrymple tem razão. E foi ligeiramente mais meigo com Theresa May mas sem deixar de frisar que o clássico "os nossos pensamentos e orações estão com as famílias" é uma evidente aldrabice e o "já basta o que basta" uma incógnita, por não explicar o que tenciona fazer.

 

Sobre o que é preciso fazer, opiniões, há muitas: o major-general Carlos Martins Branco, por exemplo, que não conheço mas em cujas declarações tropecei por acaso na SicN, disse umas coisas terra-a-terra que me pareceram sensatas. E suponho que não abundou em considerandos porque as televisões têm o tempo tomado para as grosserias dos dirigentes desportivos, os intermináveis "debates" dos respectivos comentadores, os abraços, selfies e discursos ocos do nosso mercurial presidente, e todo o restante lixo com que os espectadores mobilam o vazio que têm nas cabeças.

 

Disse coisas práticas, e outras serão precisas. Do que não precisamos é de teorias grandiosas e impraticáveis. Rui Ramos, um excelente autor que sigo com gosto, proveito e geral concordância, acha que "os europeus têm de conceber a Europa como parte do mundo do Médio Oriente e Norte de África, e de reconhecer que a viabilidade do modo de vida ocidental passa por o tornar viável em toda essa região".

 

Acha isto porque constata que a integração da comunidade muçulmana intra-muros europeia é impossível (por se filiar numa tradição civilizacional diferente) e por haver uma clivagem nas sociedades europeias, entre "o que afirma a tradição cristã e iluminista e o Estado de direito" e "o que nega e desvaloriza tudo isso como uma abjecção sexista e racista, e reconhece ao jihadismo o direito de retaliação das 'vítimas".

 

Esta Europa dividida é incapaz de resolver as suas contradições, pensa Ramos. Apesar disso, deve ir fora de portas matar no ovo a serpente que tem cá dentro. Como isso se fará, fica por explicar; e fica por explicar também por que motivo o Médio Oriente e o Norte de África têm de ter o seu futuro inextricavelmente ligado ao nosso (salvo no caso de Israel).

 

Na realidade, de substantivo na argumentação sobra que é impossível que a Europa com os seus 191 milhões de habitantes se defenda dos 489 milhões que tem o norte de África e a Ásia ocidental; e a necessidade da eliminação dos "focos de galvanização e treino do terrorismo", aparentemente com operações militares, visto que "era assim que pensava George W. Bush".

 

Por que razão a diferença de populações haverá de ser relevante, se evitarmos invasões de imigrantes, não se percebe; e Bush filho assim pensava, de facto, faltando apenas demonstrar que tenha tido bons resultados.

 

Por mim, sem nenhuma reserva de princípio no que toca a acções militares (com que forças armadas, já agora?), prefiro acreditar que nem a diferença entre europeus que se descrevem como mais ou menos crentes na tradição cristã e iluminista é tão significativa como se supõe, nem a ameaça que o islamismo, como corpo estranho a essa tradição, representa, deixará de despertar reacções crescentes, como já está a suceder, nem creio que o problema seja insolúvel, precisamente porque ainda é, dentro de portas, sobretudo um conjunto de casos de polícia. Não têm sido assim vistos por pusilanimidade dos políticos, teorias delirantes do politicamente correcto e da equivalência das culturas que uma parte da intelectualidade defende, tudo coisas a corrigir á medida que as opiniões públicas vão afinando o seu ponto de vista, por  constatarem que têm sido lideradas por patetas que confundem tolerância com suicídio civilizacional.

 

Talvez nesta maré tenhamos alguma coisa a aprender, mas com Israel, que está cercado de inimigos muito mais numerosos e tem alguns dentro de portas. Com Bush filho  ̶  não me parece.

publicado por José Meireles Graça às 12:23
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Terça-feira, 31 de Maio de 2016

Erudição de analfabetos

 

António Araújo-02-640.jpg

 

José Rodrigues dos Santos é apresentador de televisão e escreve novelas de série B.

 

António Araújo, hipotético "historiador", é o boneco do "intelectual" português. No blog enfrenta gigantes literários como Isabel Moreira, ou Domingos Freitas do Amaral; sobre as grandes fraudes que a "cultura" leva a sério, nem uma única linha.

 

Se António Araújo tivesse algum estatuto aparecia em polémicas relevantes. Ou profissionais, como por exemplo aquela que opôs Rui Ramos a uma matilha de zelotes da 1ª República. Mas não. Senta-se no jornal Público a meter na ordem uma personagem menor. Na prosa mais chata de Portugal, típica de "académico", um saco de citações e notas remissivas para opinar por interposta pessoa.

 

Talvez António Araújo tenha ganho um convite para outro "colóquio". Talvez lhe sirva para apresentar serviço, neste tempo de "afectos" e "consensos". De resto não se compreende a utilidade do exercício. Quem é que aprende marxismo com o José Rodrigues dos Santos?

 

publicado por Margarida Bentes Penedo às 17:37
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Sábado, 13 de Setembro de 2014

Ramos de discórdia

Leio Rui Ramos com prazer e proveito, como se diz. E embora este texto não se me aplique (eu era eurófobo há vinte anos e sou eurófobo agora), nem por isso, desta vez, deixo de manifestar uma completa discordância. Por partes:

 

"Dúvidas políticas: é o euro o remate de um mercado único, ou o começo de um Estado europeu com ambições de ultrapassar as nações históricas?"

 

O Euro foi apresentado - melhor, trombeteado - como sendo mais um passo no aprofundamento da "construção europeia" e os inimigos e desconfiados do edifício, então relativamente raros e agora bem mais numerosos, eram, e são hoje ainda mais veementemente, tachados de "inimigos da Europa". E como se tornou relativamente pacífico que a moeda única requer regras orçamentais iguais, e não falta quem entenda que a fiscalidade, ela própria, também não deve permitir grandes assimetrias dentro do espaço comum, ficamos em condições de responder:

 

A perfeição do mercado único talvez requeira uma moeda comum, uma política orçamental comum e uma política fiscal comum, mas o preço dessa perfeição é a subtracção aos parlamentos e aos governos de competências nessas áreas, que serão transferidas (como, em boa parte, no nosso caso, já estão) para estrangeiros - eleitorados estrangeiros, governos estrangeiros e burocracias estrangeiras. Os representantes de Portugal terão, é claro, uma palavra a dizer, na medida do peso dos nossos 10 milhões de habitantes e do nosso PIB - duas gotas de água no turvo lago da UE. Portanto, o Euro é, sim, um remate, o qual implica necessariamente "ultrapassar as nações históricas".

 

"Dúvidas económicas: estarão os regimes europeus suficientemente sintonizados para poder partilhar uma mesma moeda?"

 

A pergunta, nos termos em que está formulada, carece de sentido. Porque, por exemplo, o volte-face de Hollande, apesar de tudo dirigente de uma grande nação, demonstrou que a lógica integracionista se sobrepõe a promessas eleitorais, convicções políticas e estados de alma dos eleitorados. Claro que, para quem tenha os meus pontos de vista, Hollande não podia cumprir as promessas eleitorais sem causar danos severos à economia francesa e, portanto, ao Euro. Mas por que razão se tem de supor que a visão económica hoje dominante na UE e no BCE não pode ser alterada e amanhã não se encontrará a Alemanha confrontada com uma maioria (de eleitorados e de países) que entenda que a política económica de rigor nas contas é intolerável e que portanto os boches e satélites o que têm a fazer é submeter-se? Ora, se e quando isso suceda, não custa apostar dobrado contra singelo que preferirão sair - têm boas e sólidas razões históricas para não quererem conviver com inflação e moeda fraca. Donde, a pergunta indicada deveria ser: estarão os povos europeus suficientemente sintonizados para poder partilhar uma mesma moeda?

 

"Em quinze anos de euro, tivemos uma assistência internacional (2011). Mas nos dez anos de democracia antes da adesão à CEE, tivemos duas (1978 e 1983), além de uma das inflações mais virulentas da Europa ocidental".

 

Há três diferenças entre a falência de 2011 e as outras: i) nos idos de setenta e princípios de 80 a memória da Revolução e o seu cortejo de desvarios estava ainda fresca. Os Portugueses viviam a política com intensidade e acreditavam nos poderes demiúrgicos do Decreto-Lei para lhes melhorar a vida - os partidos de Poder estavam consideravelmente mais à esquerda do que hoje estão. Em 2011, havia um pano de fundo de crise internacional com a qual o governo socratiano lidou numa fuga para a frente despesista, aliás só tornada possível, justamente, por trás da cortina de credibilidade do Euro; ii) O endividamento, privado e público, atingiu níveis sem precedentes em 2011, e, três anos mais tarde, não só a dívida pública ainda não parou de crescer como as consequências - em desemprego, em emigração, em temor do futuro - não são comparáveis às crises anteriores; iii) Das crises anteriores saiu-se com relativa facilidade; da actual basta uma subida considerável dos juros da dívida para novamente o País, que se reergue penosamente, afundar.

 

"Hoje e aqui, o euro tem um significado: mesmo com todas as dúvidas, representa neste momento a opção – o que, note-se, não é a mesma coisa que a possibilidade — de desenvolver Portugal através da capacidade dos seus empresários e trabalhadores para competirem nos mercados internacionais, com tudo o que isso implica de maior abertura e flexibilidade do regime económico".

 

Sou há mais de 30 anos empresário, um desses que não fornece o Estado, não tem o telefone de ministros, não pertence às soi-disant associações representativas da espécie, não faz o circuito dos workshops, cocktails, encontros, missões comerciais e dinamizações sortidas, nem tem um indevido respeito pela gigantesca nuvem de opinantes que sabem perfeitamente como se devem dirigir as empresas que nunca fundaram. E, para competir nos mercados externos, que são os que sempre elegi, não vejo qualquer vantagem no Euro que os seus inconvenientes não anulem, nem para mim nem para os meus trabalhadores. De flexibilidade estamos conversados, que as instâncias europeias são ainda mais metediças, reguladoras e sufocantes que as nacionais, hoje aliás, crescentemente, meras agências de burocracias internacionais anónimas, inimputáveis, e inacreditavelmente estúpidas.

 

"O euro deu-nos esta coisa extraordinária na nossa história recente: uma moeda estável em democracia. E isso é fundamental para um regime democrático, porque não existem verdadeiramente direitos e garantias onde um governo, através das impressoras da casa da moeda, pode enganar e espoliar os cidadãos, confiando na “ilusão monetária” para se esquivar a debates. Não sabemos se o euro vai acabar. Mas se por acaso acabar, e dada a nossa história monetária, deixará certamente saudades".

 

Recomendar-lhe-ia, meu caro Rui Ramos, se tivesse autoridade para lhe recomendar alguma coisa, que tivesse mais fé nas pessoas: os cidadãos podem ser enganados, e são, muitas vezes. Mas não só, enquanto houver regime democrático, não há qualquer falta de debates, como os governos não põem as rotativas a trabalhar às escondidas - é bem às claras, com défices e despesismos à vista de todos

 

Já tivemos, ao mesmo tempo, moeda sólida, boas contas e crescimento robusto. É verdade que não foi em democracia. Mas não desisto de pensar que não é impossível ter algo de parecido por escolha livre, com as adaptações que as muito diferentes circunstâncias impõem. E, é claro, se tivesse de escolher ditadores preferia os nossos. De resto, uma boa definição de ditadura é arrogarmo-nos o direito de impedir os cidadãos de fazerem escolhas que, na nossa opinião, os prejudicam.

publicado por José Meireles Graça às 14:41
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Sexta-feira, 7 de Setembro de 2012

Uma história crapulosa

 

 

Houve uma criatura que mentiu acerca do que Rui Ramos escreveu na "História de Portugal". E, com base naquilo que Rui Ramos não escreveu, chamou-lhe "fascista" e outros insultos.

 

Depois entraram os académicos (quase todos "cientistas sociais"), formaram-se as equipas, e instalou-se uma "polémica".

 

No jornal Público da passada quarta-feira, Fernando Rosas resolveu intervir. Pretendendo "situar a questão", pareceu-lhe "científica e civicamente relevante" discutir o que Rui Ramos escreveu sobre o século XX. Entre outras razões, porque "é um texto bem escrito" e "teve ampla divulgação". Diz que "no seu jeito de discurso do senso comum superficial e para o 'grande público', é um texto empapado de ideologia". Por fim alonga-se a argumentar, o melhor que pode, que o período da I República foi mauzote mas o período do Estado Novo foi tremendo.

 

Ao leitor desconcentrado, poderia parecer que "a questão", para Fernando Rosas, era apurar qual dos dois períodos da história portuguesa era o mais repugnante. Mas "a questão", para Fernando Rosas, está toda explicada nas afirmações salientadas (por mim) em itálico.

 

Ele sabe que esta "História de Portugal" é "um texto bem escrito". E diz que "teve ampla divulgação", uma maneira almofadada de lidar com as tiragens deste livro; a última vez que me informei, já tinha vendido 25.000 exemplares. É chato. Rui Ramos não é "de esquerda", Rui Ramos escreve bem, e Rui Ramos vende muitos livros.

 

Então Fernando Rosas tenta convencer-se, a ele e ao "grande público" (que eu tivesse dado conta, o jornal onde escreveu não é uma "revista da especialidade"), que Rui Ramos é "superficial".

 

É uma teoria genericamente aceite e com uma grande plateia, o que me espanta. Sempre que um autor academicamente respeitado é lido com prazer, os "colegas" dizem dele que é "superficial". E conseguiram vender a ideia de que um texto, para ser profundo, tem que ser ilegível - como os deles.

 

Fernando Rosas tem, pela sua posição académica, a obrigação de saber que isto não é verdade. A profundidade de uma ideia não se mede pelo grau da sua incomunicabilidade. Uma ideia é profunda quando é extraída, com uma pinça, do ponto mais fundamental do assunto que se está a estudar. Regra geral essa ideia, uma vez encontrada, é muito fácil de comunicar e um prazer de ler. Como acontece com Rui Ramos. Por isso se diz, dos estudiosos mais inteligentes, que depois de nos darem as respostas elas nos parecem óbvias. A melhor prova disso é a Matemática.

 

Mas nas "ciências sociais", bem como entre os "humanistas", tem vindo a desenvolver-se a prática oposta. Embrulhando uma teoria mal estudada numa redacção indecifrável (um exemplo que tenho encontrado com frequência é o uso da palavra "entropia", um termo científico com um significado específico, aplicado irresponsavelmente à crítica dos "fenómenos sociais"), o leitor sente-se de tal maneira asfixiado que desiste. A jogada seguinte é fácil (até porque o leitor tem boa fé, e está enfraquecido com o esforço); diz-se-lhe que não percebe porque não tem preparação.

 

Fernando Rosas termina (a "questão" que lhe interessa) dizendo que Rui Ramos escreveu "um texto empapado de ideologia". O termo "empapado" é bom, porque Fernando Rosas pretende afastar as pessoas da leitura (e pagamento) desse texto, e a própria palavra causa asco. Mas Fernando Rosas também sabe que não é possível escrever História sem ideologia. É possível, desejável, e difícil, escrever História sem preconceitos. Não está ao alcance de todos.

 

Eu termino questionando se é legítimo, e intelectualmente sério, alterar as palavras de uma pessoa para caberem no insulto que lhe queremos atirar. Foi daí que nasceu a "polémica". É esse o "debate de ideias" que eu não tenho paciência para aturar.

 

publicado por Margarida Bentes Penedo às 03:47
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