Ao só ter saído da clandestinidade maoista para onde tinha entrado em 1972, não no próprio dia 25 de Abril de 1974, mas apenas depois do 11 de Março de 1975 e de se terem dissipado todas as dúvidas sobre a progressão da revolução portuguesa da democracia burguesa para a ditadura do proletariado, o Pacheco Pereira prometia, e nunca desmereceu a esperança dos que nele a depositaram.
Ontem, ou no tempo do José Sócrates e da Maria de Lurdes Rodrigues a governar, para ser mais preciso, denunciava que...
Hoje, ou ontem, para ser mais preciso, explicou o "ajustamento" na sua coluna no Diário do Governo, não como o resultado da falta de dinheiro, como pensam as pessoas normais e menos dotadas para a compreensão das conspirações obscuras que determinam a evolução do mundo, mas como um combate épico entre o bem e o mal, entre a virtude e o vício, entre o pecado e o castigo...
... devolvendo aos sindicatos, de prévios inimigos dos governos democraticamente eleitos, à condição de inimigos da conspiração neoliberal pró-ajustamento, ou seja, amigos do povo representado pelo PS, pelo PCP e pelo BE, o que pode talvez indiciar que ele, afinal, ainda não chegou a sair completamente da clandestinidade e apenas andava a disfarçar infiltrado como social-democrata na democracia burguesa à espera da oportunidade para relançar a ditadura do proletariado.
E amanhã? Só Deus sabe o que esperar dele, e para onde vão soprar os ventos de Leste. Se calhar, ainda o vamos ver criticar a invasão do Iraque, que, o liberalismo económico, já foi um amanhã que cantou.
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