Em traços grossos, há os que não leram, os que tresleram, e os que efectivamente leram. Deste último grupo, já de si residual, 9 em cada 10 (para evitar exageros) não perceberam nada. Ao contrário do que agora se diz por aí (todo o cão e gato "lê" situações, polémicas, e acontecimentos), existe uma diferença substancial entre "ler" e "interpretar". São exercícios diferentes, e ambos exigem trabalho e capacidades. É por esta razão que a minha temperatura mental permanece inalterada perante argumentos couraçados em citações.
Falo nisto a propósito do malsão Leal da Costa, que citou "O banqueiro anarquista" para mostrar o oposto do que diz o texto de Fernando Pessoa. Se virmos bem, não fez diferente do que faz a generalidade dos nossos peritos e “literatos” - que na melhor das hipóteses (tirando 2 ou 3 excepções, que a plateia não sabe identificar) se resumem a operosos coleccionadores de papéis.
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