Se o Estado fechasse 4 ou 5 desses pseudo-museus que ornamentam os panfletos "culturais" do país sem absolutamente nada para mostrar, pegava em 18 inúteis e dava-lhes préstimo no Museu de Arte Antiga. Um por sala aberta ao público, a juntar aos 64 que já lá trabalham. E outros tantos para ajudar a manter, limpar, programar, tratar da burocracia (que é muita), e cuidar de um dos poucos museus nacionais com toda a razão de existir.
Mais: o Museu de Arte Antiga tem (ou tinha?) um excelente departamento de restauro (ou laboratório, não sei como lhe chamam), com óptimos profissionais, que podia não só ocupar-se das peças do próprio museu como vender os serviços a coleccionadores, antiquários, e particulares que têm (como vi em Agosto) quadros espantosos de autores respeitáveis (não são Mirós) a estalar escurecidos nos solares portugueses.
Ainda que tivesse de lá meter uns milhares para actualização do equipamento; ainda que tivesse de fechar outras tantas "fundações" para arranjar os milhares, e vendesse os edifícios ao McDonalds - para gáudio do povo e desmaio da Catarina Portas. Governar é conhecer os assuntos e fazer escolhas.
Há um par de semanas, a direita chocou-se a propósito da ex-ministra Rodrigues; agora chega-nos este Pimentel. O CDS está imparável no combate às esquerdas, crescendo como um fenómeno na consideração do eleitorado, a acertar em cheio nos seus convidados.
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